Sumários

Análise à visita de Estudo ao Museu do Carmo. Conceitos operatórios

4 Outubro 2022, 10:00 Luís Jorge Rodrigues Gonçalves

Análise à visita de Estudo ao Museu do Carmo. Conceitos operatórios de património


Visita de Estudo ao Museu do Carmo

27 Setembro 2022, 10:00 Luís Jorge Rodrigues Gonçalves

Visita de Estudo ao Museu do Carmo. 

Exercício prático de observação


Apresentação do programa

20 Setembro 2022, 10:00 Luís Jorge Rodrigues Gonçalves

Apresentação do programa. 

Objetivos
Conteúdos
Metodologia
Avaliação
Bibliografia 
Apoio aos alunos   

PROGRAMA CURRICULAR

 

ANO LETIVO 2016 — 2017

 

 

Unidade Curricular:

Património e Arqueologia

Docente responsável:

Luís Jorge Rodrigues Gonçalves

Respetiva carga letiva na UC:

3 horas semanais

ECTS:

6 ECTS

 

 

1 — Objetivos de Aprendizagem (1000 caracteres)

A Arqueologia tem por objecto o estudo dos vestígios materiais do homem, sendo uma disciplina científica que tanto pode estar ligada a uma actividade de campo, como a um trabalho de laboratório e de atelier. O resultado final é a produção de um discurso sobre o Património, ou seja, sobre a Memória da Humanidade.

A instituição da disciplina de Arqueologia e Património, na Escola de Belas-Artes de Lisboa,  remonta ao século XIX, através de Sousa Viterbo, tendo seguintes objectivos:

            a) Abordar o património como narrativa;

            b) Introduzir os alunos nas problemáticas científicas, profissionais, técnicas e artísticas do saber do património e arqueológico;

            c) Orientar e potenciar o saber estético dos alunos na exploração dos artefactos arqueológicos; 

            d) Orientar e potenciar o saber dos alunos para o desenho criativo de apoio pedagógico de artefactos e de sítios arqueológicos;

            e) Proporcionar aos futuros docentes um contacto estreito com os sítios e artefactos arqueológicos, seus problemas e potencialidades pedagógicas.

 

As competências adquiridas são as seguintes:

a) Leitura narrativa nas suas componentes espacial, temporal e civilizacional de artefactos e estruturas;

b) Capacidade de responder a trabalhos no âmbito do património e da arqueologia, nomeadamente desenho e ilustração,

c) Capacidade de integrar equipas de curadoria arqueológica, aplicando as suas competências artísticas. 

 

 

2 — Conteúdos Programáticos (1000 caracteres)

1. Património Cultural e Natural: conceitos operatórios

2. Património Cultural Material e Imaterial: a diversidade das vivências humanas

3. Arqueologia e a construção do Patrimonium do Homem: da paisagem, ao vestígio e ao  cognitivo

3.1. Métodos da Arqueologia

3.2. Idades do Homem

4. Património Material

4.1. Artefactos e estruturas quotidianas

5. Património Imaterial

5.1. Ciclos quotidianos: crenças, trabalho e lazer

6. A institucionalização do Património: instituições, convenções e classificação/tombamentos do Património

7. Património como Narrativa na construção do Romance do Homem: divulgação dos resultados

7.1. Publicações científicas, de divulgação e de ficção, exposições, parques temáticos, o multimédia.

7.2. Educação Patrimonial.  

8. Património como modelo artístico para o presente e para o futuro.

8.1. Património como fonte da criação artística.

8.2. Património como suporte da criação artística.

 

Aulas Práticas

Visitas de Estudo e trabalho de campo.

 

3 — Metodologias de Ensino e Avaliação (1000 caracteres)

Arqueologia e Património está classificada, no programa de estudos, como disciplina Teórica (pelo que lhe são atribuídas 3 horas semanais). No entanto, a natureza da matéria é de tal modo concreta que a sua aprendizagem não tem sentido sem uma prática.

No programa são tratados aspectos teóricos, onde predomina o método expositivo, mas com recurso frequente ao debate, prevendo-se trabalhos, ensaiando a aplicação concreta dos conhecimentos e a criatividade dos alunos. Os conteúdos do programa são ainda fortemente apoiados no comentário a imagens, em documentação de apoio e em visitas de estudo, a museus, espaços museológicos, sítios arqueológicos e outras instituições vocacionadas para a conservação, restauro, defesa e uso do património cultural e natural, tendo em vista um contacto directo com especialistas e a praxis diária, cujo número, local e data das visitas serão a marcar ao longo do semestre.

A avaliação na disciplina de Arqueologia e Património constará, para além de uma apreciação contínua, baseada na observação da participação dos alunos nos espaços de diálogo, de duas provas obrigatórias:

1. Leitura de um artefacto arqueológico a apresentar oralmente durante 15 minutos acompanhado de relatório escrito, de acordo com o anexo  (30 %).

2. Um trabalho prático (70%).

2.1. Este trabalho prático será executado por uma equipa de 2, 3 ou 4 alunos a apresentar no final do semestre.

 

 

4 — Bibliografia de Consulta (1000 caracteres)

Bahn, Paul. Arqueologia (1997). Uma Breve Introdução. Lisboa: Gradiva.

Bahn, Paul (2005). O Guia Essencial da Arqueologia. Paço de Arcos: Artemágica.

Benjamin, Walter (2011). Obras escolhidas: magia e técnica, arte e política. São Paulo: Editora brasiliense.

Benjamin, Walter (2011). Obras escolhidasII: rua de mão única. São Paulo: Editora brasiliense.

Calado, Manuel (2005). Menires do Alentejo Central. Lisboa.

Calado, Manuel et alii (2009). No Tempo do Risco. Nova Carta Arqueológica de Sesimbra. Sesimbra: Câmara Municipal de Sesimbra.

Certeau, Michel de (2005).  A invenção do cotidiano. Artes de fazer. v.1. Petrópolis: Vozes.

Certeau, Michel de (2002).  A invenção do cotidiano. Morar, cozinhar. v.2. Petrópolis: Vozes, 2002.

Choay, Françoise (1999). Alegoria do património. Lisboa: Edições 70.

Crary, Jonathan (2012). Técnicas do observador. Visão e modernidade no século XIX. Rio de Janeiro: Contraponto.

Foucaut, Michel (2005). A Arqueologia do Saber. Coimbra: Almedina.  
Geertz, Clifford (2008).  A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 2008.

Gonçalves, Luis Jorge (2007). Escultura romana em Portugal: uma arte no quotidiano. Mérida: Museo Nacional de Arte Romano.

Gonçalves, Luís Jorge (2013). “Processo criativo e humanidade”. In José Cirillo e Ângela Grade (org.), Reflexões sobre processo de criação nas artes. Vitória: Intermeios, pp. 8-15.

Gonçalves, Luís Jorge (2014). “Contar histórias é preciso”. In Alter Ibi 1. Lisboa, FBAUL, pp. 13-18.

Holanda, Francisco de. Da Pintura Antiga. 1548 (Introdução, notas e comentários de José Feliciano Alves, Lisboa: Livros Horizonte, 1984).

Lewis-Williams, David (2002). The Mind in the Cave. Consciousness and the Origins of Art. London: Thames & Hudson.

Renfrew, Colin / Bahn, Paul (1993). Arqueologia. Teoría, Métodos y Prática. Madrid (edição original em língua inglesa Archeology, Theories, Methods and Practices. London: Thames and Hudson, 1991).

Renfrew, Colin (1994). Atlas de Arqueologia. Lisboa: Edições Zairol, (inclui Síntese da Arqueologia Portuguesa).

Rivière, Georges Henri (1993). La museologia. Barcelona: Akal.

Scarre, Chris -ed.- (2005). The Human Past. London: Thames and Hudson.

Sousa, Fernanda (1999). Introdução ao Desenho Arqueológico. Almada: Câmara Municipal de Almada/Museu Municipal.

Veyne, Paul (1983). Como se escreve a História. Lisboa: Edições 70.

             

5 — Assistência aos alunos

O atendimento para esclarecimento de dúvidas será às quartas-feiras das 16.00 às 17.00 h. no gabinete de Ciências da Arte e o email de contato para marcação antecipada será: apoioaulasfbaul@gmail.com